Presa em operação que investiga golpes em idosos no AM prometia ensinar estudantes a faturar R$ 20 mil por mês
07/11/2025
(Foto: Reprodução) Advogados presos suspeitos de golpes contra idosos no Amazonas
A estudante de Direito Laíssa de Souza Martins, presa durante a Operação Cavalo de Tróia, nesta sexta-feira (7), prometia ensinar outros estudantes a faturar R$ 20 mil por mês sem ter registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo a polícia, ela e outras seis pessoas presas na operação integravam um grupo que aplicava golpes financeiros em idosos no Amazonas.
➡️As investigações apontam que os suspeitos presos na operação convenciam idosos a abrir contas digitais para solicitar empréstimos. Com os dados das vítimas, o grupo contestava descontos e realizava novos empréstimos, mas os valores não eram repassados aos idosos. A quadrilha atuava há cerca de três anos.
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Em sua conta pessoal no Instagram com cerca de 2,5 mil seguidores, Laíssa afirma que já conquistou o faturamento mensal de R$ 20 mil e pode ensinar outros estudantes a conseguir o valor também. Ela pede para que os interessados comentem nas publicações do perfil, no entanto, não específica de que forma a renda pode ser obtida.
"Ter cliente não é sorte. É método. E enquanto você espera um milagre, tem gente aplicando o que funciona e faturando com a constância", diz em uma das publicações.
Além de ostentar o valor mensal, Laíssa também publica conteúdos relacionados a cobranças de juros e descontos abusivos por parte de grandes bancos do país. A maioria das postagens termina com a estudante falando que pode ajudar pessoas que se sentem lesadas pelas instituições financeiras.
Até a atualização mais recente desta reportagem, a PF não informou se Laíssa usava as promessas em publicações nas redes sociais para enganar as vítimas ou captar outros estudantes para o esquema criminoso.
O g1 tenta localizar a defesa de Laíssa de Souza Martins.
Estudante de direito presa em operação da Polícia Civil
Divulgação
A operação
A Operação Cavalo de Tróia foi realizada em conjunto com policiais civis de Borba, Lábrea e Manaus. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão:
um em Borba;
dois em Lábrea;
quatro na capital.
Também houve apreensão de quatro carros, uma motocicleta e cumprimento de dois mandados de busca domiciliar.
Entre os presos está o advogado Helioenay Narftaly Pinheiro da Silva, detido em Lábrea. Ele possui mais de 3 mil ações protocoladas no sistema do Tribunal de Justiça do Amazonas. A esposa dele, Thaís Alves da Silva, também foi presa.
Além de Laíssa, também foram presos Adriano de Souza Passos (Lábrea), Thaís Alves da Silva (Manaus), esposa do advogado.
Outros envolvidos são Adriano de Souza Passos (preso em Lábrea), Jonatas Santos da Silva, Gessilda Rodrigues Brasil (presa em Borba) e Thaylon Gabriel de Matos Cordeiro (preso em Manaus). Segundo a polícia, alguns atuavam como executores das fraudes.
Até a atualização mais recente desta reportagem, a polícia não divulgou o valor total dos golpes nem o número de vítimas.
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Suspeitas foram encaminhadas ao 12º DIP em Manaus.
Reprodução/Redes Sociais
